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José Ilan


Os coveiros oportunistas de plantão passaram o dia em alvoroço. Foram horas perfeitas para a nefasta ode ao futebol emburrado e de resultados. Dia conveniente para o sepultamento do futebol vistoso, que tinha até agora o Cruzeiro como representante mais emblemático na temporada.Não que o Coritiba não fosse também este representante. Mas era mais fácil ter certezas sobre os mineiros, que já brilhavam na Libertadores, do que sobre os paranaenses, que só haviam sido testados com adversários menos expressivos.
Na Libertadores, o Cruzeiro dançou por acidente. Não deixou de ser um grande time, não deixou de ter um grande treinador e se jogar em casa outras 10 vezes com o Once Caldas, vai vencer nove. A eliminação não apaga os jogos espetaculares que o time celeste já fez em 2011. Mas perdeu e foi eliminado no campo. É do jogo. Felizmente, contra o Palmeiras, o Coritiba lavou a alma de quem gosta realmente de futebol bem jogado. Aqueles como eu, cruzeirenses ou não, que estavam com uma ponta de tristeza e inconformados de ver o Cruzeiro fora. Gente que prefere futebol ofensivo, inimigo da covardia.






De quebra, o Coxa deu bela lição na arrogância de Felipão, que antes do jogo fez pouco caso do rival, ao desqualificar os adversários que ele tinha vencido. Luiz Felipe podia até desconfiar, mas sentenciar é diferente. Foi, no minimo, deselegante com seu colega menos famoso, mas que o engoliria em campo depois. E assim, a vigésima-quarta vitória consecutiva do Coritiba, um acachapante 6 a 0, o coloca como favorito na Copa do Brasil.


Se vai conquistar de fato, não é o mais importante. A mais nobre missão já foi cumprida. A de devolver a esperança, de que nem tudo está perdido.